terça-feira, 2 de agosto de 2011

REFLEXÕES

É noite. O silêncio fala de solidão e de paz. Lá fora, na esquina da minha casa, jovens perdidas no labirinto dos programas sexuais em troca de dinheiro, vendem o corpo, esmagam os sonhos violentam os sentimentos. Muitos as condenam esquecendo que são criaturinhas pedindo socorro, que são carentes de amor, de um lar onde poderiam abrigarem-se dos lobos com nomes de homens que, aparentemente, senhores respeitáveis, buscam essas tristes meninas para satisfazerem os instintos ainda não trabalhados pelo amor. Uma delas, com apenas dezessete anos, mãe de um filho com alguns meses apenas, teve que deixá-lo porque não tinha como criá-lo. E nós, dormimos calmamente em nossas camas confortáveis, quentinhas, enquanto, elas, lá fora, sofrem o tormento da perdição. Cada vez que ouço o barulho de um carro parando para carregá-la, penso: Se fosse minha filha essa menina desventurada? Sem nada poder fazer, oro pedindo ao alto que a proteja das garras humanas e que alguém lhe estenda a mão para reergue-la como fez Jesus com Madalena. E me questiono: Por que não faço algo? A resposta vem rápida: porque o egoísmo não deixa. Sou como os outros que vêem os infortúnios sem nada fazer para ajudar. Vou seguir orando também por mim para que, um dia, eu tenha coragem de auxiliar.

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